Meios
de Comunicação de Massa
1.0 Introdução
O processo de comunicação na vida do homem é tão remoto
quanto a necessidade de os mesmos expressarem as artes rupestres em cavernas e
gruas, tal como a necessidade de transmitirem ou passarem suas crenças e culturas
de uma geração para a outra. Desde então, o fenómeno da comunicação tem vindo a
sofrer transformações até chegarmos ao ponto em que que chegamos, ou seja, a
chamada ‘’era da comunicação e cultura de massa’’, onde esses meios
representam, em grande parte, factores de desenvolvimento da sociedade humana.
1.1 Objectivos
Este trabalho tem como objectivo apresentar as
informações relacionadas a definição de Meios de Comunicação de Massa,
comparação entre estes e a comunicação interpessoal tal como fazer uma
breve abordagem relacionada a história dos Meios de Comunicação de Massa; e
portanto ajudar na percepção daquilo que são os chamados meios de comunicação
social.
1.2 Definição
Definimos comunicação como o acto ou efeito de emitir, transmitir e receber mensagens
(Informações) por meio de métodos ou processos convencionados,
quer através da linguagem falada ou escrita, quer de outros sinais, signos ou
símbolos, quer de aparelhamento técnico especializado, sonoro ou visual.
A comunicação humana pode ocorrer de várias
formas; estas possuem características especificas e no entento se integram para
possibilitar uma sincronia entre ideias,
contextos e relação pessoal. Por tanto para tornar o entendimento mais claro
abarngendo osaspectosda interacao humana a comunicação
pode ser dividida em ‘’ comunicação interpessoal e comunicação
em massa’’
2. Comunicação
Interpessoal
É o tipo de
comunicação que ocorre tanto em situação cara-cara (Pai conversando com seu
filho sobre os estudos do mesmo), ou em situação grupal cara-cara (Um professor
dando instruções, durante sua aula para a turma toda) Neste tipo de
comunicação, a voz torna-se o principal órgão. Podendo também ser defina como a
comunicação direta
estabelecida entre dois ou mais indivíduos, por meio da fala, de carta,
telefone, etc.
Figura 1- Treinamento – prática- de feadback
Fonte: Programa de Qualificação Essencial.
A comunicação interpessoal, portanto, é realizada entre
pessoas que precisam informar e serem informadas ou que buscam informações e
que, para isso, usam alguma linguagem (fala, gestos, escrita) e algum meio
(voz, telefone, corpo, carta, livro) que permitam se relacionar com outras
pessoas para trocar informações.
3. Comunicação
de Massa
Enetende-se como meios de comunicação de massa (mass
media), a disseminação de informações por meio de jornais, televisão, rádio,
cinema, e internet. Formando assim o sistema ao qual denominamos media. Os mass
media são também conhecidos como o modelo de comunicação social dirigida a uma ampla faixa de
público, anônimo, disperso e heterogêneo, atingindo simultaneamente uma grande
audiência, graças à utilização dos meios de comunicação de massa (televisão,
rádio,
inetrnet jornais e etc..).
Comunicação de massa ou mass media como pretendermos, é
entretanto a comunicação social a partir dos meios de comunicação de grande
alcance e audiência e que transmitem informações de interesse público usando
linguagens e formatos padronizados para as pessoas. É a comunicação que pauta,
muitas vezes, quais serão os assuntos a serem debatidos na sociedade, os quais
se transformam em assuntos da escola.
A comunicação de massa, faz-se muito presente
na vida de todas as pessoas, devido aos efeitos que a mesma produz; ela produz
efeitos sobre sentimentos, pensamentos e conhecimentos fazendo-o de forma
ambivalente, ou seja, a media informa e padroniza ao mesmo tempo.
Figura 2- Media
Fonte: Cultura organizacional.
3.1 Diferenças entre a Comunicação Interpessoal e os Meios de
Comunicação de Massa
Uma das diferenças entre a comunicação interpessoal e a
comunicação de massa, é que na comunicação interpessoal tanto a emissora quanto
o receptor se fazem presentes no acto da interacção. Já na comunicação de
massa, estes dois elementos são ausentes pois que esta efectua-se por meio de
imagens visuais ou imprensas, sons, ou por qualquer outra combinação de
elementos.
Outro pormenor que difere ambos os métodos
comunicacionais é que, a comunicação de
massa não se dirige a pessoas nem a públicos específicos. Ela não se dirige a ninguém e se
dirige a todo mundo ao mesmo tempo, ao contrário da comunicação
interpessoal que é especificamente dirigida a alguém ou a um público de
interesse.
3.2 Função dos Meios de Comunicação
Os meios de comunicação em massa desempenham uma função
de grande importância para a sociedade, que é levar informação ao maior número
de pessoas de maneira quase que instantânea. O jornal, o rádio, a internet e a
televisão, estão presentes em praticamente todos os lares e exercem uma grande
influência na formação de opinião das pessoas, seja de forma favorável ou
desfavorável, isto pelo simples fato de passarem a informação como lhes convém.
Dai que o provérbio “Quem conta um conto aumenta um ponto”, se encaixa
perfeitamente aos meios de comunicação em massa, uma vez que a mesma
A importância e a grande influência que essas mídias possuem sobre uma sociedade. Está directamente
ligada a forma rápida e eficiente de transmissão de informações para uma
sociedade, atraindo a atenção das pessoas para diversos assuntos.
Portanto à mídia dizem respeito as seguintes
funções: Vigiar: função
pela qual a mídia informa e mantém a sociedade alerta ou disprta sobre
possíveis situações críticas ou urgentes; Integrar: usada para conectar a sociedade e as partes superiores
que as integram, com vistas a produzir determinadas respostas ao meio social;
Transmitir a herança cultural: A
mídia tem a função de educadora para sociedade discutindo e divulgando,
explícita ou implicitamente, valores, conhecimentos e crenças; Entreter e divertir: função
pela qual a mídia oferece situações de lazer tais como palavras cruzadas e
tiras nos jornais, futebol no rádio e na televisão, filmes, programas de
música, humorísticos, novelas e muitos outros; Atribuir status: esta
função é utilizada pela mídia no sentido de deixar claro e estável a
hierarquia social, enfatizando aqueles que destacam papéis importantes e
inconfundíveis na sociedade. Etc…
Além dessas funções afirmativas, Lazarsfeld e
Merton atribuem ‘’à mídia uma função negativa ou disfunção que é a de
narcotizar as pessoas. Isso significa que a mídia imobiliza, embebeda, tonteia,
adormece, acomoda as pessoas em relação à realidade social’’.
Por outro lado,
existem também aquelas as quais chamamos de função negativa dos mass media,
pois antes de qualquer coisa, são formadores de opinião, chegando muitas vezes
a impor essa opinião individual do emissor para todos os seus receptores, o que
de uma forma ou de outra cause influencia na formação de opinião pública
favorável ou desfavoravelmente sobre pessoas, grupos e organizações que acabam
se vendo sem poder de análise e opinião própria.
O meio de comunicação de massa mais criticado por esta
característica persuasiva é a televisão. Para muitos ela é o meio de
comunicação mais poderoso e persuasivo e também modeladora e passiva,
“bombardeando” mensagens prontas para seus expectadores sem permitir que os
expectadores digiram e reflictam sobre o assunto em questão, vendo assim
condicionados para uma só opinião.
3.3 História dos Meios de Comunicação
De Massa
Foi a partir da segunda metade do século XIX, que houve o
inicio da implantação da sociedade de massa, facto que se deve a revolução
industrial por esta ter concentrado enormes quantidades de pessoas em cidades
ou regiões que prior a este acontecimento não eram conhecidas. Tal situação
aponta-se como o primeiro sinal de massificação, pois embora cada membro da
nova sociedade fosse um ser racional e livre ao contacto com diferentes
culturas e costumes, foram aos poucos vendo-se influenciados a assumir novos
comportamentos no que dizia respeito as formas de se comunicar.
Ortega y Gasset, um dos primeiros críticos sobre fatos
histórico-sociológicos de sociedade revolucionária do século XIX, cita três princípios
que possivelmente fizeram parte do surgimento do mundo da massa: ‘’a democracia
liberal, a experimentação científica e o industrialismo’’.
Para Ortega y
Gasset, ‘’o século XIX, virou pelo avesso a existência pública; pois que a
revolução não é a subversão contra a ordem pré- existente, mas a implantação de
uma nova ordem que transgride a tradicional”.
Tal como sublinhado antes por Ortega y Gasset, John Thompson
enfatiza também que, ‘’o advento da comunicação de massa, “a mediatização da
cultura” é, a par do desenvolvimento do capitalismo industrial e do advento do
estado-nação, uma característica constitutiva fundamental das sociedades
modernas’’. Thompson definiu então comunicação de massa, a partir de quatro
características fundamentais: ‘’i) A produção e a difusão de bens simbólicos,
que envolvem, nomeadamente, a codificação e a fixação dos bens simbólicos como
informação, que é armazenada, distribuída e descodificada pelos potenciais destinatários.
Esta transformação dos bens simbólicos em informação permite que eles se tornem
indefinidamente reprodutíveis e sejam, assim, disponibilizados como mercadorias
a uma massa indefinida de receptores.
ii) A cisão entre a produção e a recepção dos bens simbólicos, os meios de comunicação de massa generalizam um processo que, de facto, já acontecia com a escrita – a mediação dos bens simbólicos pelos meios técnicos em que são fixados e pelos quais são transmitidos. Este processo, que vai fundamentalmente no sentido do produtor para os receptores, implica uma indeterminação em relação às respostas destes últimos.
iii) A extensão da disponibilidade das formas simbólicas no tempo e no espaço, as comunicações de massa prolongam, neste aspecto, o que também já sucedia com a escrita e não só, dado que todas as formas de transmissão cultural envolvem uma distanciação no espaço-tempo.
iv) A circulação pública das formas simbólicas , ao contrário do que acontece com meios como o telefone, as formas simbólicas transmitidas pela comunicação de massa destinam-se a uma pluralidade indeterminada de receptores, estando disponíveis para todos indivíduos que disponham dos meios técnicos, capacidades e recursos para os adquirir; circulam, portanto, no chamado “espaço público”.
ii) A cisão entre a produção e a recepção dos bens simbólicos, os meios de comunicação de massa generalizam um processo que, de facto, já acontecia com a escrita – a mediação dos bens simbólicos pelos meios técnicos em que são fixados e pelos quais são transmitidos. Este processo, que vai fundamentalmente no sentido do produtor para os receptores, implica uma indeterminação em relação às respostas destes últimos.
iii) A extensão da disponibilidade das formas simbólicas no tempo e no espaço, as comunicações de massa prolongam, neste aspecto, o que também já sucedia com a escrita e não só, dado que todas as formas de transmissão cultural envolvem uma distanciação no espaço-tempo.
iv) A circulação pública das formas simbólicas , ao contrário do que acontece com meios como o telefone, as formas simbólicas transmitidas pela comunicação de massa destinam-se a uma pluralidade indeterminada de receptores, estando disponíveis para todos indivíduos que disponham dos meios técnicos, capacidades e recursos para os adquirir; circulam, portanto, no chamado “espaço público”.
Como consequência do advento das tecnologias de
comunicação em massa aparecidas no século XX, a cultura de massa ganhou espaço
nas sociedades actuais a ponto de ofuscar as culturas alternativas a ela. Por
exemplo antes do surgimento do cinema, rádio e TV, existiam muitas outras
culturas populares, como as culturas nacionais que eram os componentes
essências para a identidade de um povo, cultura clássica e muitas outras que
infelizmente viram-se extinguidas pela comunicação de massa. O nascimento da
cultura de massa, porém, acaba submetendo as demais “culturas” a um projecto
comum e homogéneo ou pelo menos pretende essa submissão. Por ser produto de uma
indústria de porte internacional e até mesmo global, visto que esta nova
cultura comunicacional, encontra-se intrinsecamente liga ao poder económico do
capital industrial e financeiro.
4. Conclusão
Conclui-se que a necessidade de comunicação é tão antiga
quanto a existência humana, entretanto este processo desde os tempos mais
remotos em que o homem já se comunicava através de suas pinturas rupestres,
gestos e muitos outros sinais. Portanto a comunicação Interpessoal quer seja
ela verbal ou não verbal sempre esteve presente na vida do ser humano, visto
que esta sempre foi a ferramenta principal para o desenvolvimento das
sociedades.
Em contrapartida a comunicação de massa chega tempos
depois e revoluciona todos os métodos e formas de comunicação noutrora
utilizados e passa a fazer a difusão de informações de forma mais rápida e para
um número e imensurável de receptores; dai o conceito de comunicação de massa.
5. Referências
Bibliográfica
Kurunczi, F. (2012). A
importância dos meios de comunicação de massa. Acessado em 21 de Fevereiro de
2017. Disponível em http://aculturaorganizacional.blogspot.com/2012/06/a-importancia-dos-meios-de-comunicacao.html
Toda Matéria (2011 – 2017). Meios de Comunicação.
Conteúdos escolares. Acessado em 21 de Fevereiro de 2017. Disponível em https://www.todamateria.com.br/meios-de-comunicacao/
Thompson, J.( 1996). Ideology
and the Modern Culture. Cambridge, Polity Press. p. 215
Bessa, D. (2006). Teorias da comunicação. Brasília: Universidade de Brasília. Acessado em 20
de Fevereiro de 2017. Disponível em http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/profunc/10_2_teor_com.pdf
Serra, P. (2007). Manual da teoria da
Comunicação. Livros Labcom. Acessado em 22 de Fevereiro de 2017. Disponivel em http://www.labcom-ifp.ubi.pt/ficheiros/20110824-serra_paulo_manual_teoria_comunicacao.pdf
Universidade Secovi
EAD (2014). PQE debate comunicação e relacionamento interpessoal. Acessado em
20 de Fevereiro de 2017. Disponível em http://www.pqe.com.br/noticias/pqe-debate-comunicacao-e-relacionamento-interpessoal/7423/
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